TUDO O QUE MAIS QUERO NA VIDA

 

Quero a quietude de uma tarde mansa;
Quero o sorriso de uma criança;
Quero a inocência de um puro ser que jamais conheceu o pecado…
Quero a paz, doce paz que habita o Descanso Eterno!

Não! Não quero a trivialidade da vida.
Me dói ardentemente um viver sem emoções!
Prefiro a folha morta ao chão
A vê-la desprender-se do galho estúpido…
Não quero ser o algoz do meu coração esfacelado,
Não quero chorar;
Lágrimas custam lágrimas
E o sofrer é muito dolorido!

Mas quero, oh! como eu quero!
A beleza das rosas
Que numa contagiante e comovente efemeridade
Embriagam o ar com seu perfume
E entorpecem quem delas se aproxime!…
Quero a carícia do vento ao soprá-las,
A felicidade do beija-flor ao beijá-las,
Dos namorados o indizível prazer em contemplá-las!

Quero a pureza de um poema
Único.
Alegre.
Feliz!

 

Salvaterra, Pará, Brasil, 10 de fevereiro de 2010.
Composto por Leonel Vincenzo de Florença 
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