Respirar
Olá novamente, Senhor,
A quem me sucede ao meu ser,
Agora em Ágora, com fulgor,
Pessoas começam a chegar.
Homens. Mulheres. Humanos,
Todos experimentaram do mundano,
Foram por alguém quebrados,
Jovens marcados.
Há, os passados temerosos,
Os simples furiosos,
Desconfiados ou ansiosos,
Lembram os antigos nossos.
Os coveiros dos dias anteriores,
Os andantes, os atores,
Aqueles que viveram dores,
O filho dos horrores.
Da palavra,
Dê a palavra,
Flecha que rumo segue,
Disparada por gente como a gente.
Estavam ali, de ossos e carnes,
Suores e calafrios,
Sóis frios,
Irmãos de rios.
Questionei se soi merecedor,
Em dividir filosofias encorajadoras,
Palavras encantadoras,
Morais sonhadoras.
Logo eu, que já fui despedaçado,
Um dia foi quebrado,
Vítima do próprio sequestro,
A quem é essa música que orquestro?
Disseram mergulhos em águas fundas,
Em busca de tesouros de marés profundas,
Nadei em milhas náuticas,
Sob oceanos de sodas cáusticas.
Nadamos todos,
Como âncora em tempestade,
Espertos tolos,
Que descobriram tal majestade.
Meio a águas, olhos e psicologia aplicada,
Como a ponta de uma espada,
Uma palavra acerta como estocada,
Respira.
Espera. Não brinca,
Respira?
Humanamente improvável,
Respiro só,
Só respiro,
Desde que me conheço como menino.
Ele disse como apóstolo?
Psicólogo ou psicanalista?
É moral ou anarquista?
"Sr. R", respira?
Quando disse que trabalhei,
O vento apreciei,
Quando me abraçou,
Minha alma falou,
Tão baixo que só Deus ouviu,
Que eu quis dizer,
"Psicólogo, psicanalista, apóstolo ou filho do amor",
É importante por si, e pelo que se torno,
Palavras de um mistério da alma.
É nos momentos. Nas oportunidades,
Dos diálogos,
Minha alma quis respirar,
Mas eu fui covarde.
Ao menos, em volta a amigos,
Talvez não quis minha'lma respirar,
Dentro de mim, eu cogitei,
Estou feliz que quis tentar.