Teus voos
Sol, vê se de vez desaparece, pois se agora chove, e o barulho da chuva, na penumbra da janela, através das cortinas, quer me despertar, fico pensando... que tudo é tão mágico, bálsamo, terapia que a minha alma aquece...
os respingos da chuva salpicam meu rosto, enquanto 'ele do lado de lá, não decide, se vê, ou se diz te vi, voa, não voa, se apronta para seu banho tomar, e voa! e indeciso volta, e seu grito de chuva, solta, como se nele estivesse o poder de reanimar, já sendo mimo. Ousado e atrevido, sai de dentro das folhagens
...Voa!!!
Pedindo ao sol para por lá demorar... molhando-se na chuva, voa fazendo poesia, perdendo-se pelo dia escuro que combinou com a noite para uma alma curar, porque teus voos, teu canto e a chuva de amor derramada com os ventos, é a junção, a mais doce canção de ninar.
Voa Bem-te-vi e canta, canta canta pra eu voltar à dormir, obedeço, escureço tudo
fecho a janela, e voltarei à sonhar.