A sextina da mente que fomenta
(I)
A mente que fomenta e lamenta
Que sente, não mente, atormenta,
O ódio que instiga e incentiva
A dor que a pessoa inimiga
Provoca, chateia e fustiga,
Sempre perturba e começa a briga!
(II)
Mas quando começa essa briga
O olho chora e meu ego lamenta,
O corpo espeta e a alma fustiga,
E vem a vontade e atormenta
Que eu mate a pessoa inimiga
Já que ela sempre me incentiva.
(III)
Uma ideia me ira, incentiva
Minha pessoa de amor na briga
Quando vejo na besta inimiga
Alguém que sem motivo lamenta
E por troco os outros atormenta,
Em tal fim qualquer um se fustiga.
(IV)
Ai! Essa vida só me fustiga
E um tal de Douglas não me incentiva,
Me xinga, humilha, me atormenta!
Tudo por causa duma tal briga
Pela qual meu coração lamenta
Em ter conhecido tal besta inimiga.
(V)
Além disso, outra inimiga
Dedica sua vida e fustiga
Minha paixão que ainda lamenta
Outra, não ela, mas que incentiva
Criar com ela uma nova briga,
Pois cansei daquela que atormenta.
(VI)
Não se espera de quem atormenta
Nada, se aliada à inimiga
Pessoa que ajuda em toda briga,
São três, mas um que ainda fustiga,
Por isso o engenho se incentiva,
Por tal meu poema só lamenta.
(T)
Ele ainda atormenta e fustiga
Qualquer inimiga e incentiva
Só briga que me mata e lamenta.