Quadras a Esmo

Quadras a Esmo

O pobre do operário

Já recebe o seu salário

Co’a mordida do leão

Isento... – só mensalão!

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Se a lua como parece

Fosse um queijo de verdade

Já teria desaparecido

Ante a fome da humanidade

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Poderá parecer confusa

A dicotomia difusa

Deixa de lado. Não usa,

Pois ela é obtusa.

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As poesias são pérolas da alma

De onde se desprende uma a uma

Espargindo luz, sabedoria

Para gáudio do poeta que as cria.

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As poesias são pérolas engastadas

Que na alma semeamos uma a uma

Por vezes de paixões desenganadas

Outras de ilusões por coisa alguma

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Pelos caminhos da vida

Rodopiei no percurso

No arranque da partida,

Já topei... pêlo de urso

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A alegria é passageira

Na vida, tudo é assim...

Não há felicidade inteira,

Há começo, meio e fim!

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É pura monotonia

O que sente a nostalgia

É um viver, não vivido

É um sentir, não sentido

É uma sombra sem luz

Do óbvio ao obtuso

Do cognitivo à razão

Que o pensamento produz

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Chegamos à conclusão

Ser um contrato a vida

Com início na inclusão

E com término na partida

Ninguém sabe a duração

E o aceita por inteiro

Sem direito à exclusão

Na imolação do cordeiro.

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Os teus beijos flutuam

Dentro do meu coração

E assim eles perpetuam

Em ti minha emoção.

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Entendo que o poeta

Deve sua mente moldar

P’ra coisas que o mundo afeta

E não para ironias sem par

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Se em Deus nós confiamos

Que mal nos poderá atingir

Se a seus pés nos arrojamos

Sua graça, vai-nos remir

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Neste lugar pequenino

Que mora meu coração

Há um espaço divino

Que guarda tua paixão!

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Neste lugar apertado

Que mora meu coração

Há um espaço sagrado

Que guarda tua paixão!

Armando A. C. Garcia

São Paulo, setembro/outubro/novembro/2005

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 22/11/2005
Código do texto: T74661