Prelúdio de um mundo...
Oh! Quão ímpio e cruel tornastes..
Tu, prezado e sereno mundo, o qual sempre honrei-me de fazer parte..
Por quê foste tão cruel em seus devaneios?
Ah...não pensaste...
Nestes longos caminhos que andei,
Levei-te comigo,
E agora, com o destino desigual e terreno, tu abandonaste
Por que o fizeste?
A vida para tantos é tão singela e mesquinha,
Para que então reservaste em mim o pesar de ser diferente?
Não pedi para ser pensante!
Esta agonia icônica em mim agora faz parte,
Destas lágrimas choradas,
Os murmúrios e prantos..
Em mim não pensaste.
Oh! Infiel guardião,
Tu me roubaste!
Minha simplória maneira, cadê?
Nesta triste vitória, cadê?
Jamais em mim confiaste!
Por que me deixaste neste canto?
Sem saída, sem comida, sem vontade nem certeza do quê..