HOMENAGEM ATORMENTADA
HOMENAGEM ATORMENTADA
A homenagem ao fim da fronteira,
NO tudo de um começo,
Escuta vozes.
A comunicação viaja,
Pelo levantamento dos caminhos.
A perseguição, arrastada por reflexos,
Atravessa os passos dos anúncios.
O ainda se sente,
Parte de um horror.
Costumes demasiados,
Prontificam-se a amar,
As coisas mundiais.
A oferta que descansa na generosidade,
Com o talento dos feitos,
Parece uma forma.
A dor do sempre,
Há em algo da falta.
O deixar-se levar pela felicidade,
Dura tempos.
O nada que basta,
Aplaca as sensações.
Chegadas tardias,
Como lugares intermináveis da mente,
Olham o atraso,
Para moverem-se diante de tecidos digitais.
A vida, atirada aos catálogos,
Reparte-se, habitável,
A todos os desenhos da imagem e da semelhança.
A publicidade do futuro,
Perfuma as despedidas.
O pertencimento controla,
O guardar gestual.
O toque do nunca,
Desaparece em busca do voo.
O remorso grandioso observa,
Elevações paradisíacas.
Sombras manchadas,
Desapegam-se das passagens.
O enfrentamento ecoa,
Ao som cristalino,
Atirado a voltas recicladas.
Os modos da pausa,
Preenchem-se de lixo.
O já compreensivo,
Foge do hoje.
A propagação da vertigem tóxica,
Encosta-se a um acordar maquiavélico.
O sonho criminoso do perdão,
Deseja realidades.
O ter do ninguém, poderoso,
Distingue a mesmice.
Autoritária, a queda,
Golpeia a desordem com violência.
A confusão, igual e diária,
Há de se aproximar,
De obsessões que ferem.
Dados medrosos,
Não se importam com a renúncia.
A nudez, rompida do apego,
Despedaça segundos instruídos e desmontados.
Os vestígios, enumerados por avisos,
Cruzam-se com a universalidade do silêncio.
O alarme da sabedoria,
Estabiliza as tensões tormentosas.
Sofia Meireles.