Guerreira
Do silêncio conceberá o gemido,
De um tempo esquecido,
Nas vestes da e(terna) solidão,
Dias sim, dias não...
Fez-se chuva para humedecer a dor,
Fez-se ouvir, chorando entre as flores,
Fez-se poesia, para trazer cores,
Exilou-se para poder amar,
a(mar) lançou-se para renascer,
Contra o tempo do prazer,
Na ordem do segundo,
Remou, encontrou contratempo,
A menina, fez-se mulher...
Escrevendo em rochas,
Entre as brumas,
Para desflorar os sonhos,
Entre as luas faceiras,
E longínquos caminhos...
Entre beiras, sem eiras,
Firmou-se resiliente,
Das cinzas renascera...
Sem ser a fénix, diferente....
Descorou-se da saudade,
Como esta afundou-lhe em desespero,
Pois, perdeu a inocência por amar,
E este não soube sequer compensar,...
E com passar do tempo,
Aprendeu a guerrear,
Dos seus medos e quimeras,
Do rótulo,
Que a sociedade lhe impusera
O silêncio fez-se sentença
Quando a razão a linchou
Em pela praça...
Eles vomitaram sobre ela,
E jamais respeitaram a dor do seu ventre,
E tão pouco souberam que era a puta que pariu,
Pois, a sociedade assim a definiu...
Com a tamanha insanidade,
Sem sequer respeitar a árvore da humanidade...
(M&M)