Guerreira

Do silêncio conceberá o gemido,

De um tempo esquecido,

Nas vestes da e(terna) solidão,

Dias sim, dias não...

Fez-se chuva para humedecer a dor,

Fez-se ouvir, chorando entre as flores,

Fez-se poesia, para trazer cores,

Exilou-se para poder amar,

a(mar) lançou-se para renascer,

Contra o tempo do prazer,

Na ordem do segundo,

Remou, encontrou contratempo,

A menina, fez-se mulher...

Escrevendo em rochas,

Entre as brumas,

Para desflorar os sonhos,

Entre as luas faceiras,

E longínquos caminhos...

Entre beiras, sem eiras,

Firmou-se resiliente,

Das cinzas renascera...

Sem ser a fénix, diferente....

Descorou-se da saudade,

Como esta afundou-lhe em desespero,

Pois, perdeu a inocência por amar,

E este não soube sequer compensar,...

E com passar do tempo,

Aprendeu a guerrear,

Dos seus medos e quimeras,

Do rótulo,

Que a sociedade lhe impusera

O silêncio fez-se sentença

Quando a razão a linchou

Em pela praça...

Eles vomitaram sobre ela,

E jamais respeitaram a dor do seu ventre,

E tão pouco souberam que era a puta que pariu,

Pois, a sociedade assim a definiu...

Com a tamanha insanidade,

Sem sequer respeitar a árvore da humanidade...

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 02/03/2022
Código do texto: T7463995
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