Pisadas na areia da beira mar
Gosto de passear à beira mar.
E na areia molhada pisar.
Sentir, o vai vem das ondas.
A molharem os meus pés
E eu aos saltinhos, fugindo delas.
Gosto da areia, molhada, macia.
E deixar ali as minhas marcas.
Firmes e fundas.
Para que, o vai vem das ondas.
As não apague imediatamente.
Às vezes, volto para trás.
E jogo com o mar.
A brincar
com as minhas pegadas,
marcadas, firmes e profundas.
Repiso-as e afundo-as.
Mais, mais, cada vez mais.
Deliciosamente refrescantes.
Quero ali deixar as minhas marcas
Sei que só por alguns momentos.
E, quem quiser, as puder pisar.
Mas, depois prosseguindo o meu passeio.
Olho para trás, de repente.
Assim, como quem assusta gente.
E, delas apenas, o vai vem do mar.
Sem marcas para repisar.
Perdi o jogo com o mar.
ou as minhas marcas
preciso de as reformular.
T,ta