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Segunda feira de carnaval

Nas ruas a solidão do poeta

Perdido com seus demônios

Abandonado por sua amada

De fachada a fachada

Chorando amor por toda a cidade

No copo a cerveja

Na mão caneta e papel

O poeta escreve a dor

Numa noite de carnaval

Ele quer a flor da cidade

E busca por todos os jardins

Alguém que um dia o amou

Transfigura-se na multidão

E o poeta, que não gosta de cerveja

Invoca o Baco

O rei da desilusão

E percorre toda a cidade

Com o carnaval no coração.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 28/02/2022
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