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Segunda feira de carnaval
Nas ruas a solidão do poeta
Perdido com seus demônios
Abandonado por sua amada
De fachada a fachada
Chorando amor por toda a cidade
No copo a cerveja
Na mão caneta e papel
O poeta escreve a dor
Numa noite de carnaval
Ele quer a flor da cidade
E busca por todos os jardins
Alguém que um dia o amou
Transfigura-se na multidão
E o poeta, que não gosta de cerveja
Invoca o Baco
O rei da desilusão
E percorre toda a cidade
Com o carnaval no coração.
Otreblig Solrac - O poeta burro