24 de fevereiro
Imagens de imagens na minha cabeça
Vejo os ecos do fim dos tempos
O imenso vermelho caindo ardente
Ar dente boca língua sopro ar rente
crianças apontando ao alto ao topo
do tempo do fim iminente
Condenados com os danados que os drena
do alto do diplomático posto
por eles mesmos, vale a pena?
Os vivos deixam a quem sabem amar
Os mortos não sabem se enterrar
Jovens desconhecidos que se matam
não se odeiam, odeiam o ódio
dos velhos conhecidos
pelo mesmo êxito que semeiam
força centrípeta dos negócios
Os czares bebem um alta safra
tilintando o tino da operação
operando as vísceras das almas
costurando-as à própria perdição
Ensinam que Deus apoia a quem vencer
porque acreditam que serão
noutro serão, afiam as cegueiras
Guias que guiados, serão
à cegueira da visão
que escolheram não ver
Tarde demais para ré haver.