Doidice do tempo
Sandice a solidão dos dias que seguem,
sem sentido, no silencio fanático
da canção em Do, Ré, Mi, Fá.
Orate desorientado na fascinação,
na alegria sentida de longe,
na ternura magica deixada pra trás.
Insana no agudo tocar do medo,
em lençóis manchado de amor,
na insensatez cortante da sua ausência.
Doido na leveza das marcas que o tempo deixou,
atônito na cicatriz fantasiosa sonhada
com o amanhã que parece não bastar pra nós.