Fui eu!
Fui eu que me fiz poeta!
Mas com a ajuda de Deus
Sem soberba, coisa certa!
O que eu era já morreu!
Me fiz um poeta amador
Desses sem prata ou ouro
Que é só um trabalhador
Que parcela seus tesouros
Nunca fui bom em palavras
Não sou doutor de faculdade
Nem tenho as costas largas
É essa minha dura realidade
Escrevo de um jeito torto
Não tenho assim um estilo
Posso até parecer um bobo
Mas sobre viver eu ensino
Não, isso não é arrogante
Eu falo é de boca cheia
Sem diploma na estante
Mas de sabedoria na veia
Tá vendo esses versos tortos?
Não ligo, eu não uso régua
Mas faço o melhor que posso
Eu nem sei o que é a métrica
Se você tá lendo isso
Deve ter tido interesse
A escrita é o meu vício
Não vi um melhor que esse
Que não deixa cambalear
Não acaba com o dinheiro
Que deixa saudável ficar
E deixa feliz por inteiro
Eu acho até engraçado
O que escrevi aqui tanto
Nada perdido, ao contrário
E chega me causa espanto!