SPINA ( nova forma poética)
DESESPERO
Resvalam os barrancos
derrubando os barracos,
subterrando as pessoas.
Sobreviventes em luto, lutam lastimosos:
nos escombros perderam entes queridos:
crianças, jovens, anciãs, anciões, coroas.
Veem-se desvalidos, em enorme tristeza;
esperançosos apetecem por coisas boas.
Ronnaldo de Andrade
******
Excelente poesia do poetamigo Jacó Filho. Só não foi um SPINA porque não rimou o último verso da primeira estrofe com o terceiro e quinto versos da segunda!
DESAMPARO
Escolher lugares instáveis,
Motivado pela pobreza,
Acarreta medos constantes
Por conta das autoridades ausentes,
Permitindo ocupações em áreas perigosas,
Convivendo com desastres cada ano,
Gerando sensações que não aprendemos,
Nascendo medos, desesperos, dores, mortes...
Jacó Filho!