ESCRITOS DE GAVETA

Quantas verdades guarda o silêncio

Amores reclusos em poemas soturnos

Pecados que ferem o sacrilégio

Quantos sonhos morrem ao relento

Dias e noites na aridez da vida

Sonhos estes que o vento, desperdiça

Quantos elos são desfeitos e nós atados

Sinais da desarmonia de tantos percalços

Que se apega no insustentável passado

Quantos dizeres calam na voz da razão

Tentando lidar melhor com o evento

E o desgosto vive incomodando o coração

Quantos isto(s) e aquilo(s) vivemos

Quantos falsos enredos

Quantas causas defendemos, a esmo

Quantos eu (s) ficaram de nós mesmos

DESTACO AQUI A INTERAÇÃO

DO MESTRE

JACÓ FILHO

LARGUEI-ME NO TEMPO

Se voltar juntando cacos,

Não vou me reconstruir.

Tentei esquecer os fatos,

Dos quais não pude sorrir.

Pouco resta na memória,

Pra refazer a história,

A não ser uns poucos traços.

Então deu pra deduzir

Se voltar juntando cacos,

Não vou me reconstruir.

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