Remoer de Grandezas

Longe do esplendor do sol,

cabisbaixo diante de tanta luz,

oneroso de tanta grandiosidade,

pérgulo, sem sombra,

olvido, sem ramos de brilhos,

sem luas tímidas a remoer o sol de grandezas,

- fico eu - olhando o início e o fim das coisas

que não tem a mínima importância,

nem para o céu, nem para a terra.

 

Para mim, porém,

escravo do tempo e das coisas

que fazem a mágica se remediar,

parar e se transformar,

hoje é meu dia de festa.

 

E se há luz neste burburinho de maravilhas,

me sinto atonteado por estar vivo e compreender

que cada pedaço do que vejo,

é um pedaço de mim.

 

É a vida e a morte que se aproximam !

José Kappel
Enviado por José Kappel em 20/02/2022
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