INDÔMITA PONTARIA.

Desde quando

Menino travesso,

Tuas armas

Pontiagudas,

Trocaste

Por poesias?

Ferem os olhos

Que, lacrimejantes,

Inundam

Empalidecidas faces.

Ah! Impiedoso Cupido!

Apontas teu grafite,

Como se lanças.

E, covardemente,

Tua precisa pontaria

Em palavras

De saudade, amor

Esperança, solidão

Coloca a sangrar

Corações.

Embaça olhares,

Machuca, tortura

Tão profundamente...

Ao Deus do Amor

Paciente(mente)

Lanço minha prece.

Amém.

Elenice Bastos.