MADRUGADA

 

Acompanho o teu compasso

tonta de amor em teus braços,

entre risos de alegria

e gritos roucos e loucos.

Sinto teu toque macio,

me deixo ir... sou um rio

a correr desenfreado

livre, solto, sem amarras,

sem fronteiras derradeiras

que lhe impeçam a passagem.

Nessa doida brincadeira

me dou a ti por inteira,

violenta cachoeira,

que no teu peito deságua.

 

Noite longa demorada...

No céu inda é madrugada.