Difícil perdão.
Quase que impossível!
Não sabia, até então,
O quanto que era difícil,
O verdadeiro perdão.
Que estrago fazem as mágoas,
Que chegam em aluvião.
Invadem a nossa calma,
Machucam o coração.
É dor perene, não cessa,
Não dá tréguas. Não tem jeito!
É cicatriz, é ferida!
Marca indelével no peito.
Por mais que tentemos, não passa.
Não conseguimos fazer
Essa dor que nos persegue
Sumir... Desaparecer.
O frio gume cortante,
Que nosso querer ultraja,
Foi forjado na bigorna,
Por quem mais se confiava.