Final do réquiem ao nosso amor
Final do réquiem ao nosso amor
Sempre um lado me tem,
precário ou perfeito se faz.
Nem sempre o mesmo alguém
me cura ou saberás
Das férteis cinzas que sinto,
ao fim derradeiro sonhar.
Expurgo a morte em tinto,
na lua bebi o amar
Sombreado de cores sutis,
cheirando bosques da mente.
Como um cão num breve sorrir,
imploro teu gosto ardente
Sem culpa derruba leões,
pequenos cravos, sangrais
A flanco dos nossos grilhões,
suspiros apostos, um cais.
Revolte teu continente,
tenha-me na súplica noite.
Agrada-me novas sementes,
palavras não cabem açoites.