"VIDE BULA"

Vez em quando nenhum olhar que denuncie

Nenhum riso que incrimine

Gesto algum que ligue ao "crime"

Fala ou sussurro que me arrepie

E eu a espera de qualquer sinal

Uma ânsia louca a me consumir

Um sonho melindroso, querendo um sim

Um estribilho para esse canto, afinal

Vez em quando

Teu olhar, flecha e feitiço

Teu riso, lascívia e sedução

Gestos e meneios quentes, tentação

Sossurros sensuais de puro viço

E na meia luz do meu olhar faminto

Delírios, ritos e fantasia

Um prazer místico, sol de alegoria

Irreal, mas que acalma o instinto.