SEGREDO II
Vou te contar um segredo:
de ti , tenho muito medo.
Medo do teu jeito azedo
que mais parece um bruxedo.
Sei que és um bom aedo
e teu dom não é brinquedo.
Sempre arranjas um enredo
ainda que estejas quedo.
Não penses que isto é um vedo
ou, talvez, um arremedo.
Tampouco me atira em degredo,
pois que ainda é muito cedo...
Embora sejas um rochedo,
quero te ver sempre ledo.
Este meu simples torpedo
faz parte do nosso folguedo!