Do que adianta?
Do que adianta, você conservar as minhas palavras num papel,
se as suas, eu não posso escrever?
do que adianta, meu amor...
você dizer,
que quer me ver
se me deixa
na espera amarga
de não saber.
do que adianta seus sorrisos,
se vivo só, na queixa
esperando amanhecer.
Mas minha saudade,
eu mato de fome
e no silêncio,
pra você não ouvir.
O meu lamento eu engulo
e rasgo
embriagado
os versos que escrevi
que se foda então
a minha razão,
e toda a paixão
que deixei brotar,
mas não senti
que morra calado
o meu desejo
e o poema
de amor
que não vivi