Teoria urbana
Nessa ilha da fome/
Qual é o seu nome/
Escravidão, ambição, orgulho ou vaidade/
Quando amanhecer/
Não olhe pra mim/
Olhe pra você/
Não se deixe levar pela voz do mundo/
Chega desses meios eletrônicos/
Se não sabe o que dizer/
O que podias fazer/
Senão, querer o bem querer/
Eu bem queria assim/
Mãos solidárias/
liberdade equilibrada/
Vidas amadas/
Um olhar fraterno/
Justiça democrática/
Igualdade nas mesas/
Consciência civilizada/
Noites enluaradas /
Pra que as nossas risadas contagiassem
Subjugassem a dor das lágrimas/
Não essa farsa/
Que alija o povo/
Em meio a tanta ilusão e aflição/
Trazendo a frustração/
De ver o caos da insanidade/
Dessa discriminação fora da realidade/
De toda essa imoralidade/
Ser o verso mais agudo da nossa modernidade/
Não entendo/
Por que nos tornamos inimigos da razão/
Não compreendo/
Por que colhemos as coisas com tanta ambição/
Se quando voltarmos ao chão/
Não seremos capazes de levar/
Nem mesmo corpo/