Fetos de fato
De fato, somos fetos
Que a vida convida
A ficar na terra em guerra
Estamos coesos e presos
Nos versos perversos
Da lamacenta placenta
Consumados e consumidos
Pela água que não enxágua
E que míngua a língua
Afoitos e afeitos
Mas, com medo do enredo,
Sem desejo de nascer e ser
E o novo, de novo,
É o velho evangelho
Que dita e credita, um mito.