CLICHÊS — 15h33 —
Eu a silenciei um tempo no zap,
as horas frias para ver se escapo
de só esperar e esperar e esperar
a bola verde de uma mensagem.
Ando ao redor de mim e da casa
e miro no cinza translúcido e raro
da metade da tela viva do quarto
que, abrupta, e numa outra parte,
surge, feito se a encosta escalasse
seus brancos e pretos e perolados
sobre esta toalha de mesa esparsa,
onde o vento solta os óleos da tarde.
Virado no mesmo poema: meu alarme
inútil e silencioso de versos. Você sabe.