Eu sempre sonhei

Eu sempre sonhei

com meu casamento;

então te encontrei

e não me calei

nem por um momento.

Com meu casamento

eu sempre sonhei

vivendo sedento.

Por meu casamento...

Por meu casamento...

Eu sempre pensei

no meu casamento;

então te encontrei

e não me calei

nem por um momento

do meu casamento.

Eu sempre pensei

no meu casamento.

No meu casamento...

No meu casamento...

Eu vou à igreja

e meu casamento

é maior que ela,

pois vem doutra esfera,

eu não me contento,

pois meu casamento

é maior que ela,

é meu casamento.

É meu casamento...

É meu casamento...

Eu vou ao cartório,

não vejo a igreja,

é muito corpóreo,

lugar irrisório,

a dor me dardeja,

não é como a igreja,

é só falatório,

o amor não sobeja.

E eu fui para a praia,

e lá conheci

um sol que se espraia,

vestias cambraia,

notei que eu sorri,

mas não era ali.

Não tinha na praia

o amor para mim.

E eu fui à floresta

falar com meu deus.

Verdades honestas,

reais, manifestas

eu quis, mas meu deus

nenhuma mas deu.

Frieza indigesta,

florestas adeus.

E então eu te olhei,

e nesse momento

enfim eu pensei

que se eu te encontrei

o meu casamento

já mora no vento.

A mão eu peguei,

sonhei casamento.

Sonhei casamento...

Sonhei casamento...

Achei uma porta,

agora o lugar

tão menos me importa,

o que me conforta

é a ti me curvar,

é a ti tanto amar.

Teu beijo comporta

meu céu e meu mar.

Meu céu e meu mar...

Meu céu e meu mar...

Eu fui ao cartório

te dar minha mão.

É assim o casório,

não é irrisório

se tenho-te a mão.

Há flores no chão.

Nada é ilusório

se ilude a paixão.

11/02/2022

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 11/02/2022
Reeditado em 12/02/2022
Código do texto: T7450228
Classificação de conteúdo: seguro