Trezentos e muitos dias
Passaram-se todas estações
Em meu peito resiste o buraco.
Onde antes tinham dois corações
Permanece vazio, gelado e vago
Choro para paredes inacabadas
De uma morada que me devora.
Alucino teu colorido na sala,
A Poltrona em que passavas horas.
Trezentos e muitos dias senti
Diariamente, uma saudade de ti
Dos teus sorrisos e afagos
Restaram meus medos e cacos
Uma caixa de memórias e gatos
E promessas que não cumpri