Trezentos e muitos dias

Passaram-se todas estações

Em meu peito resiste o buraco.

Onde antes tinham dois corações

Permanece vazio, gelado e vago

Choro para paredes inacabadas

De uma morada que me devora.

Alucino teu colorido na sala,

A Poltrona em que passavas horas.

Trezentos e muitos dias senti

Diariamente, uma saudade de ti

Dos teus sorrisos e afagos

Restaram meus medos e cacos

Uma caixa de memórias e gatos

E promessas que não cumpri

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 08/02/2022
Reeditado em 22/02/2022
Código do texto: T7447962
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