BISSETRIZ
Cada qual na sua nau que singra
de todo o jeito, com ou sem regra,
e balança no humor do mar da vida.
Sou aquele do tipo perdido e navego
regido pelo farol duvidoso do verso,
onde desconheço a sua cartografia
— mesmo assim me parece um guia
que não revela o que pode esperar
o poeta no falso fim desta quimera.
Tenho um sonho de paraíso na Terra
— liberar a minha corrente de ferro
dentro da bissetriz das suas pernas.