AS PEGADAS ATÉ ONDE MAIS PODEM LEVAR?

A passividade da ativa idade,

sem atividade.

Lembranças de um passado provecto.

De braços abertos,

como se fosse um espantalho que guarda a plantação

ou uma cruz cravada na sepultura.

O intento da luta, fora da disputa.

Pela batida do coração.

Nos olhos, o abrigo da lembrança.

Sustenta-se no cajado e equilibra-se

O corpo velho e cansado.

Abriga a dor dentro do peito,

incrementa o lamento com a voz que

sai vagarosamente pela garganta carcomida.

E a sina ensina,

que quando há um desencanto,

os cantos são os mesmos.

E o fim vem pela mesma estrada do começo.

E o mapa das mãos, são as marcas deixadas.

Pelo senhor tempo, líder absoluto.

Comandante supremo que dita as regras.

As pegadas até onde mais podem levar?

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 20/11/2007
Reeditado em 20/11/2007
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