Meu ilustre companheiro
Meu ilustre companheiro,
Sou eu mesmo.
Solitário no escuro,
Ou acompanhado pela luz que incide
Nos olhos.
Companheiro das noitadas
Afoitadas no semblante
Quase um implante alucinógeno
De um além vivo.
A voz que busca
Os efeitos que foram feitos
Degustam sob o paladar
Da vida viva.
Sou eu mesmo,
Preso na neblina
Costurando a retina
Com a linha da manhã.
Fazendo manha
No colo do dia seguinte
Com requinte, adormeço debaixo da sombra
da minha língua esticada.
Meu ilustre companheiro,
Sou eu mesmo.
No ato da desordem
Ordeno-te amigo nato.