Apatia
Como um barco à deriva vou indo
Navego em oceanos turbulentos
Seguindo sem direção, empurrada pelas furiosas ondas que teimam em fustigar-me
É uma vida sem destino, não sei se devo ir ou se devo parar
A apatia tomou conta dos meus dias
Sinto-me cansada...sem rumo...sem motivo para ir a um porto seguro
De cais em cais vou indo nesses mares da vida
Carregando um peso invisível e constante
Coração apertado está doendo no peito
Uma vida vazia presa em um corpo infeliz
Lutando para me reencontrar
Saber em que momento me perdi
Faz tempo que não sinto, não vejo e tanto faz
Isso dói,
Corrói,
Destrói
Ando entorpecida, apática...
Preciso acabar com isso
Estou no vazio entre a loucura e a sanidade
Entre o morrer e não-morrer
Nesse festim diabólico
No limbo infernal do tanto faz como tanto fez
Estagnei aí nesse vale do desespero
Onde grito e ninguém ouve
Nada vem me socorrer
Somente a eterna desesperança reina nessas plagas da apatia infinita
E meu barco sem rumo segue nessa incerteza, indecisão, indefinição
Nada consegue mover-me desses mares
E assim vivo desalentada, desesperada e desamparada.