Esperando a ceia no meio do dia – nas terras de Neruda
Caminhando sem pressa
Esconde o peso do olhar
Cabelos brancos acompanhados pela idade
Na poeira do tempo
Apreciando o amor com os olhos marejados
O prazer desconsola
Alegre pelo passeio acompanhado
Sóbrio nas belezas do lugar
Às vezes os olhos molham
Querendo ser amigo do tempo
Imaginar como foi aproximar da flor da idade
A saudade ronda, querer que a noite seja de lua de mel
Esperança que não finda
Comemorando aniversário
Um sorriso repleto de afeto
Sempre correspondido pela amada
Tempo que mostra o rastro no rosto
Frio no olhar, esperançado
Sem gargalhadas
Jeito humilde de entender a paixão
Sem saber como superar o peso da saudade juvenil
Novamente a dúvida aproxima
Amor platônico, olhando para o tempo
Unidos pelo mesmo gosto
O altar que os fez matrimônio
Conselhos esquecidos com a experiência
Tenho um consolo: sou como sou
Juntos podemos caminhar e sonhar!
(Enviado para revista Italiana convivio-2022)