O grito que me faz vivo!
Minha vida sempre foi um grito,
um grito de pedido de socorro....
socorro frente ao meu próprio eu,
um eu que aos poucos virava museu.
Museu a medida que q essência estagnava,
onde a sociedade me imputava valores,
valores que construíam um novo eu em mim,
e que aos poucos eu me tornava um cárcere assim.
Um cárcere onde meu eu lutava com quem,
lutava com quem havia me tornado.
Um homem fútil e afastado,
do coração e da bondade sonhados.
Mas o grito surtiu efeito,
hoje não sou melhor do que ontem,
mas o grito me faz todo dia nisto refletir,
enquanto o sonho pulsar, tenho certeza que a mudança poderá existir.