POEMA DA ULTIMA HORA.

Olha ! Ela se perdeu

entre as arvores devoradas

pelo tempo.

como fantasmas a se esconderem

para gerar o medo.

Morreu para sempre

no matagal das desilusões.

Não ouço mais os seus gritos

que me chamava a ocupar teu colo.

Criaste em meu coração

portentoso túmulo,

pelos quais passei horas e horas

alisando a lápide.

Morreu , hoje é viva morta.

Não levarei comigo,

um fio do teu cabelo negro

que em dias frios cobriram

meus tremores.

Não levarei teu riso de marfim

para meu desespero na travessia.

Morreu, morreu,morreu,

essa é a palavra que hoje viaja

nas linhas de meus embaraços.

Devo ou não plantar meus jardins?

Cobri-los com olor de jasmim.

ou deixa-lo tudo em pedra,

par facilitar o escoar da lágrimas?

Não, ei de me perder

no corpo ocioso das trevas.

Esse espaço onde a imaginação

passeia para contar as ferida.

Ela morreu, mas no bosque

há outras estradas

para os vacilantes pés seguirem.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 31/01/2022
Reeditado em 31/01/2022
Código do texto: T7441806
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