POEMA DA ULTIMA HORA.
Olha ! Ela se perdeu
entre as arvores devoradas
pelo tempo.
como fantasmas a se esconderem
para gerar o medo.
Morreu para sempre
no matagal das desilusões.
Não ouço mais os seus gritos
que me chamava a ocupar teu colo.
Criaste em meu coração
portentoso túmulo,
pelos quais passei horas e horas
alisando a lápide.
Morreu , hoje é viva morta.
Não levarei comigo,
um fio do teu cabelo negro
que em dias frios cobriram
meus tremores.
Não levarei teu riso de marfim
para meu desespero na travessia.
Morreu, morreu,morreu,
essa é a palavra que hoje viaja
nas linhas de meus embaraços.
Devo ou não plantar meus jardins?
Cobri-los com olor de jasmim.
ou deixa-lo tudo em pedra,
par facilitar o escoar da lágrimas?
Não, ei de me perder
no corpo ocioso das trevas.
Esse espaço onde a imaginação
passeia para contar as ferida.
Ela morreu, mas no bosque
há outras estradas
para os vacilantes pés seguirem.