Meu Alforje contém flores

Desgosto na ausência do perfume das flores

Flores que incendeiam incêndios

Que colorem , tonalizam e matizam o pulsar dos meus poentes

Tingidos de utopias

Cinzidos das agonias dos gozos secos e maltrapilhos !

Dos gozos secos e sem cores

As flores!

Ah, as flores

Tão bonitas

Na sua aflição afoita de ser tão elas :

As flores

Meu norte

Meu açoite

Meu desnorte

Desnorteado sufoco pela beleza sutil viril

Das loucuras quiçá vagabundas, sem prumos, sem rumos

Em hematomas desses agoras vorazes e sedutores

Ah, as Flores - sempre elas

30012022

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 30/01/2022
Reeditado em 01/02/2022
Código do texto: T7441302
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