Da Grécia a Cristo
Entre as pétalas de massa eu entrevejo
Toda rosa tem um nome além de rosa
No buquê de flores mortas sem desejos
Há um fogo que corola mais por dentro
Que a torna, antes de sê-la, alterosa,
Substância quase verbo, como um beijo,
É a sede que nos lembra que há o outro
E esta vida não é nossa cem por cento
Nem nós somos só o perfume exalado
As ações que só margeiam nosso centro
O que estamos cá por fora é como um filtro
Da ideia que desceu de um firmamento
Todos nós temos um Nome além do nome
Não de rosa, o ser um por desigual,
Mais que elas, temos algo que não some,
O ser ímpar, o ser um, por pessoal.