DA (QUASE) IMPOSSIBILIDADE - DUETO COM A QUERIDA DENISE MATOS - (REPUBLICAÇÃO)
Da (quase) Impossibilidade
Como essa loucura
de pensar-te
minha
Se te vejo lua
e eu sol
Como saciar tua sede
sendo vinho que o tempo
torna cada vez melhor
se tua boca é abstêmica
Como alcançar-te
se és sonho recorrente
que se desfaz ao abrir
dos olhos
Quem sabe
De repetemente
abre-se um portal
para uma outra dimensão
ou
numa dobra de um tempo
qualquer
possamos nos encontrar
e
olhando nos seus olhos
lhe direi : Estou vendo você
Quem sabe
Aí será
uma outra história
dito
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Da (quase) Impossibilidade
Como manter-me
à sombra da luz
se essa lua e-terna
invade minhas estações
e provoca-me...
e atiça a mudança das marés
Como ser-me bruma
entre o crepúsculo dos olhos
e o alvorecer dos sonhos
se esse vento sopra-me
tuas carícias
e impõe-me teu universo
Como saber-me
longe dessa tua rima
se quando te aproximas
florescem beijos de baunilha
no céu do meu verso?!
Ah... quem sabe saciar-me-ia
nesse oasis de poesia
que envolve os ponteiros
qual veleiros que dão a direção
Quem sabe eu morderia
e aprisionaria esse verbo
que voa sedutor e indomável
dentro do teu coração...
Denise Matos