ELZA
A menina, da voz negra era a dona
Um ser semivivo, que insistiu viver
Um ente sem chance, que exigiu vencer
Uma mulher cuja sina, seria morrer na lama
Ao cantar, sua alma gemia de dor
Rasgava no timbre, a fome de justiça
Sangrando na boca, sons e astúcias
Nos olhos gritos, de revolta e clamor
Uma força natural de diversidade
Capaz de renascer em vários ritmos
De se refazer em graves místicos
Sendo muitas em sua autenticidade
A negra voz, veio do planeta fome
Do impossível, perto do fim do mundo
Quis cantar até o último segundo
Lutar foi sua vida, sofrer o seu nome.