Saída

Saída

maria da graça almeida

Sairei da tua vida

sem as dores da paixão.

Secarei minhas feridas

no unguento da razão.

Mente sóbria e face ao vento

não computam prejuízos.

Boca oca de lamentos,

olhos cheios de sorrisos.

Passos largos, seta longa,

linha certa, ou contramão.

Sigo em frente e sem delongas

reafirmo a intenção.

Ora deixo a tua vida,

sem temores, sem afã.

Largo a chave na saída,

levo o ontem e o amanhã.

maria da graça almeida
Enviado por maria da graça almeida em 23/03/2005
Reeditado em 15/06/2012
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