Labirinto
Por certo que os caminhos estão à minha frente...
Pois sou eu igualzinha em olhos, pernas e braços,
Cabeça, coração e cérebro a todos que lá chegaram.
Os caminhos estão por perto, até posso sentir o cheiro,
Mas essa cegueira me arranca as possibilidades de prosseguir.
Essas lágrimas ininterruptas levam a capacidade de enxergar.
E sem enxergar as estradas, o meu medo vai se tornando meu sítio,
A revolta, minha aliada.
E eu, aqui, cega de dor,
Vou tombando numa vida que não é a minha.
Lutando ferozmente contra eu mesma
Pra tentar deixar nascer em mim
A luz que me clareará a visão.
Os caminho estão à minha frente,
Eu tenho certeza disso.