Milonga de bairro

Ele trouxe um oásis sedento de pedras e verdugos, chorou rios de infortunios e silêncios,

Ele tinha intenções de ocasião, e esse cálculo frio e miserável de milongas de bairro e muros amarelos,

Buscava almanaques de mundos, de signos e naturezas mortas, sabia que o espanto de não saber que aqueles últimos anos de carências e horror eram apenas um passado estéril de dor,

Ele inventava um futuro real onde as noites e os dias eram lentos espaços de sonhos proibidos , onde nada era provisório mais sim um archivo de palavras mortas, de minuciosas audácias cegas de ousadia.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 26/01/2022
Reeditado em 16/02/2023
Código do texto: T7438164
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