Vento...
Amordaçado vento,
Diz-me, como vais resmungar,
Se não gemem as tuas ondas,
Como vão gargalhar os teus silêncios,
Se dúbios, estão os estios...
Suas vontades não beijam os sonhos,
Inertes são seus passos,
Mal alcançam os caminhos,
Temporais entupiram-te as narinas,
As vozes ocas, não produzem interjeições,
Ébrios gritos sem erecções,
Exilando-se no profundo d´alma,
Enganado, pela penumbra do olhar,
Engolido pelas areias do mar,
Onde acreditou na miragem de o alcançar,
O que parecia ser oásis,
Estava oculto dos seus olhos,
Seu sonho presente, estava quase...
Era o empasse do tempo,
Onde acreditara estar certo,
Rodeado de rumores da própria tempestade,
Seus gestos, jamais trarão liberdade (...)
(M&M)