RETROSPECTIVA

Nas cinzas de um passado quase morto

ressurgem como sombras ou fantasmas

imagens de uma infância tão distante.

Pouco a pouco tomam forma

e, nítidas, já me olham bem de perto:

umas doces, muito ternas;

outras, tristes, melancólicas...

Mas todas fazem parte de uma vida,

que aos poucos, lentamente, se apaga,

de quem caminha tão sem rumo

e tão sozinha,

sem saber a que veio e a que vai,

se venceu ou fracassou na travessia.