No teu jardim
Enquanto os silêncios se escondem,
Revelam-se as paixões,
Mil e uma razão para a(mar)-te,
Sentir-que quente, em erupções,
Só teu toque cala os meus medos,
Teu gemer, desnuda os meus segredos,
Mata-me sucessivamente o degredo,
Morro na inocência da tua boca,
Aconchego-me nos teus beijos,
Ópio para minhas ansiedades,
Meu vício de escrita, eterna poesia,
Inspiro-me com a seiva dos teus seios,
Alimento para minha inspiração,
Viajo na loucura do teu corpo,
Perco fuso em tuas curvas,
Meu ponto de exclamação...
Acentuo minha língua, no teu pé de flor,
Só tu, fazes-me definir o amor,
Ferver do sangue que bani a saudade,
Suores contínuos que levam-nos a liberdade,
Isso sim é amar-te sem lua,
Completamente nua,
Marcando cada pedaços nossos com prazer,
O que posso eu dizer...
Serpenteio em teu jardim sagrado,
Deixando a informação do meu gene,
Um incenso energias nos cobre por completo,
Que o sussurro nos impele
Ali, naquela seda fina,
Escrevemos os sentimentos,
Ali lapidamos a rima,
Apaixonadamente, marcamos momentos,
Doamos-nos, como se não existissem amanhãs,
Tenho o teu sabor impregnado nos meus lábios,
Meus orvalhos percorrem as tuas entranhas,
E alojam-se no colo do teu ventre,
Quem sabe estes, fecundem
O jardim da prosperidade (...)
(M&M)