Um poeta tem como companhia seus versos.
As vezes nos quando me sinto só, sozinho.
Tal qual um pássaro molhado, longe do ninho.
Meu coração em disritmia bate em desalinho.
O choro vem e as lágrimas rolam em ribeirinho.
Riscos cristalinos de um escolhido caminho,
Sulcam meu rosto na marcas dos descarinhos.
E o choro se transformam em versos torvelinhos.
Que giram e giram em espiral o dum vivo carinho.
Então eu rio e com um riso de veros versinhos.
Para alegrar uma alma com uma brisa de carinho.
Tornando habitado em amor o solitário cantinho.
Secando as lágrimas de outros não mais sozinhos.
(Molivars).