VESTIMENTA
Quando o dia veste ouro,
Penso logo no tesouro.
Que poderei desvendar,
Dentro de cada olhar como flecha solar.
A claridade me desviará,
De veredas tortuosas.
E a confiança me trará.
Bonanças virtuosas.
Quando a noite veste prata
Fico toda lunática.
Só me sinto grata,
Por vencer a problemática.
Danço na luz do ar,
Saio a vagalumear.
Teço colchões de Vênus,
No denso clarão lunar.
Quando me visto de ouro e prata,
Trago à tona a Candance.
Que silenciada outrora,
Faz sua hora sem demora.
No palco da vida - show,
Autenticidade sem pudor.
Mostra a guerreira latente,
De mulher afrodescendente.
Negra Aurea: 21/01/21 – 10hs.