REMOTA HUMANIDADE

O rio secou assim como o riso.

A mata gemeu, caiu e queimou.

O que era verde tornou-se árido como areia quente.

O ar é respirado e tossido no mesmo instante.

As ruínas camuflaram-se na fumaça.

As últimas tribos tornaram-se sombras

do sagrado invisível.

Já fomos filhos e guardiões da floresta.

Fomos Gaia e Mãe Natureza.

E o quê sobrou de nós...

Apenas restos de alguma

humanidade remota.

Paolo Christ
Enviado por Paolo Christ em 21/01/2022
Reeditado em 08/02/2022
Código do texto: T7434211
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