"MEU SILÊNCIO" Poema de: Flávio Cavalcante

MEU SILENCIO

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

O silêncio que me mata a alma

O mudo que muda toda a história

Bico calado promove a vida calma

Para que a existência seja só vitória

II

Silenciar é a arma que se precisa ter

Entrar e sair sem nunca deixar vestígio

Entrar em silêncio e sair sem dever

Promove ao espírito total prestígio

III

Com o silêncio se conta toda uma história

Falar pouco se faz um bem necessário

Limpa as mazelas produzidas pela memória

Produz um bem maior de formato relicário

IV

É profundo o meu lado sombrio e silencioso

Quando enfatizo o meu calar além da garganta

Pareço caminhar no lado escuro e tenebroso

E algo mais profundo percebo que me levanta

V

Em solos abertos verdejantes, ricos e aprazíveis

O campo aberto em um belo jardim florido

Como um bálsamo aos ouvidos mais sensíveis

Ficar calado faz o rouco da voz ficar retido

VI

A minha sentença foi dada sem ter tribunal

Pelo juiz do meu eu e que eu considero Juvêncio

O apelo pela martelada nunca vai me fazer mal

Na boca uma mordaça em prol do meu silêncio

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 20/01/2022
Código do texto: T7433680
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