O QUE EU VOU FAZER...
Quando eu era criança,
Os adultos sempre me perguntavam
O que eu iria ser, quando crescer
Eu não sabia dizer
Então eu enrolava,
E um monte de respostas eu dava,
Eu falava que queria ser veterinária
Falava também que queria ser diretora
Dona de um restaurante
Eu até disse que queria ser professora...
Enfim, era tantas coisas...
Mas eu nunca dizia
Que iria fazer Poesia
Que iria ser Poeta...
E com a ironia do destino,
Acabei me tornando uma, e digo:
Sou como Cecilia Meireles
Nem alegre, nem triste, sou Poeta...
Desde criança,
Já me encantava com a literatura,
Amava ler e escrever...
Fazia meus simples Poemas
Só por diversão
Os versos e as rimas
eram meus brinquedos favoritos (Aqui para nós, até hoje são)
As crianças daquela época
Ou melhor, a garotada que era da minha idade,
Enfim, os meus coleguinhas
Brincavam de boneca, peteca,
De correr, se esconder...
Mas eu não brincava disso,
Nem de boneca eu gostava...
Eu ia, era pra biblioteca
Quase todo santo dia
E lá brincava de ler e escrever...
E até hoje frequento esse lugar,
É cada livro e poesia
Que lá tem para se apreciar...
Hoje eu posso dizer de verdade
Que sou amiga da biblioteca da minha cidade.
Que fique bem claro, aqui para nós...
Cada pensamento, sentimento,
Que tive e tenho naquele ambiente
Sem dúvidas foi e será os melhores momentos...
Foi nessa fase de criança,
Que eu aprendi a ter esperança...
Hoje sou uma adolescente,
Que olha para frente,
E sente que precisa fazer diferente...
Eu sei que consigo fazer a diferença,
Porque eu vou segui sempre com a Poesia,
E quando eu quiser passar eu peço licença,
Enfim...
Estou no último ano do ensino médio,
E por conta disse tudo,
Que está acontecendo,
As aulas pararam, por causa da pandemia
Não tinha como ter aula presencial,
E isso me fez um mal
Entrei em desespero
Fiquei com medo
Me sentia uma inútil
Um nada, um zero à esquerda...
Mas continuei e continuo fazendo Poesia,
E lhe digo o porquê que eu faço Poesia
Eu faço não é só porque eu gosto,
Eu faço porque eu necessito
A POESIA é meu refugio
Nela eu viajo para UTOPIA,
Eu corro pra ela
Quando estou em apuros
Ela é meu socorro
Quando eu estava em perigo ela me salvou...
A Poesia tira a gente do abismo,
E tenta acabar com o “ismo”
Cinismo, escravismo...
Enfim...
Hoje eu faço como a Pitty,
Quando estou com medo,
“Eu lambo os dedos
E saboreio meus próprios medos”.
Hoje eu sei responder
A pergunta, que me faziam
Quando era pequenina
Se me perguntarem novamente:
“E aí Noélia, o que você vai ser”
Rapidamente irei dizer,
Bem, SER, eu já sou, desde que nasci...
Agora o que vou FAZER,
Bom, como profissão,
Não sei ao certo,
Pois o futuro, ele é incerto...
Mas eu sei o quero,
Quero ter O PODER DE SERVIR AOS OUTROS.
Eu quero fazer o bem,
Sem olhar a quem
E no coração de alguém,
Vou fazer o possível e o impossível,
Para plantar a semente do bem...
Eu irei prestar vestibular,
Mas não sei se vou passar,
Irei fazer o ENEM,
Porém...
Talvez eu não consiga uma boa nota,
Porque eu não sou tão ZEM...
não sei se quero fazer faculdade
ou morar em outra cidade...
NÃO SEI...
mas eu digo uma coisa,
QUE É O QUE IREI FAZER
eu já disse, mais de novo repito...
no coração de alguém,
eu irei plantar a semente do bem.
obs.: esse poema eu fiz no inicio de 2020...